Fico chocada em ver como as pessoas trocam de marido hoje em dia. Na verdade estamos vivendo a era do descartável: as meninas trocam de boneca, as moças trocam de amiga, as pessoas trocam de emprego, de empregada, de marido. Adorei o sermão do padre do casamento que eu assisti no sábado. Ele disse que apoiava a idéia do novo Papa de abolir a indiferença globalizada. Me identifiquei!
Me sinto assim : às vezes um peixinho fora d'água. Como canceriana que sou, acho que sou de outros tempos. Me sinto vivendo na época errada.
Não é fácil manter um casamento. Não é nada fácil manter um casamento feliz. Muito mais fácil correr atrás de viver grandes emoções o tempo todo. Muito mais fácil separar do que ter que confrontar as profundas questões de quem te conhece muito bem. Mais fácil ficar de saquinho cheio e chamar o próximo da fila.
Não sou exemplo de nada, aliás me sinto um balde de defeitos. Não tenho receita, mas posso dizer que amo meu marido loucamente. Não troco ele nem por três Johnny Depp( seriously?!). Acho charmoso vê-lo com seus primeiros cabelos brancos, ver como nossas filhas crescem e vão apresentando características de um e de outro. Acho graça como ele é meio Shrek, e gosto de ter uma pessoa do meu lado me apoiando sempre e prometendo que no fim vai dar tudo certo.
Mas é bom também manter sua individualidade, manter seus momentinhos, sua saída com as amigas. E também é bom você descobrir que pode deixar as crianças e fazer uma viagem romântica a dois. Pra acontecerem surpresas e novidades acho que é preciso aceitar as épocas mornas e sem graça da vida. Isso é vida real.
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